“Era desprezado, e o mais rejeitado
entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de
quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso
algum.” (Isaías
53.3)
Após ter lavado suas mãos, Pilatos, mandou seus soldados o
açoitarem e o crucificarem. Talvez esse não fosse seu desejo, mas tudo estava
no controle de Jesus. Desde a traição de Judas até Sua ressurreição, tudo
estava no extraordinário plano da Salvação.
Açoitado por chicotes consistidos de várias tiras de couro
presas a um cabo de madeira, onde cada uma delas tinha uma peça de metal ou
osso presa na ponta, e, preso a um poste de madeira pelos punhos, de modo que a
carne das costas ficasse esticada, Jesus recebeu 49 chicotadas em seu corpo.
Seu precioso sangue foi derramado pela primeira vez sobre o chão do pátio, sua
voz doce foi substituída por seus gritos de dor e suas mãos que curavam estavam
trêmulas.
Aquele Jesus que agonizava não possuía o tipo que os judeus
esperavam. Ele não era bonito, nem grande, a Sua aparência não era desejável.
Não era rico como Abraão, nem era um grande guerreiro como Davi. Estava ali com
um manto escarlate emprestado por um soldado, uma coroa de espinhos e um cetro
de madeira fina, usado logo depois para seu próprio martírio.
Após ser escarnecido, cuspido e espancado por seus
agressores, Jesus foi levado até o Gólgota, onde se negou a beber vinho com
fel, um poderoso analgésico amargo que aliviaria sua dor. Ele precisava estar
desperto e plenamente consciente para ministrar ao ladrão à beira da morte.
“Desde a hora sexta até a hora nona houve trevas sobre
TODA a terra. Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz:”Eli, Eli, lamá
sabactani” O que quer dizer Deus meu, Deus meu, porque me desamparastes”
(Mt.27:46). Esse brado é o cumprimento do Sl. 22.1, um dos mais tocantes
paralelos entre esse salmo e os acontecimentos da crucificação. Nesse momento,
Cristo estava experimentando o cálice da ira divina como aquele que levava
sobre si todos os pecados do mundo.
“E Jesus
clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.” Um ato voluntário. A morte não exercia domínio algum sobre Ele.
De fato, a visão angustiante do Jesus afligido e oprimido,
moído e enfermo, era assustadora. Ele pagou um alto preço para que fossemos
livres, não existe maior amor que esse, do amigo que dá sua própria vida em
nosso favor. Ao terceiro dia, Jesus RESSUSCITOU. Da morte à Vida, da dor à
Glória. E apareceu várias vezes aos seus discípulos. Inclusive, escolheu
primeiro aparecer às mulheres. Mas deixou uma última promessa, a de que estaria
conosco, não nos abandonaria, até a consumação dos séculos. E nesse Dia, seu
corpo aparecerá glorificado e exaltado. Antes de morrer, um dos seus
discípulos, João, o viu novamente: "E no meio dos candeeiros, um
semelhante a filho de homem, com vestes parecidas com as do Sumo-sacerdote e
cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça, e cabelos eram
brancos, reluzentes, como a neve; seus olhos como chama de fogo; os pés
semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como de muitas
águas, voz de autoridade. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca
saía-lhe uma afiada espada de dois gumes, que significa castigo. O seu rosto
brilhava como o sol na sua força!"
Amados, Jesus é a prova que as feridas que nos marcam nessa
vida, não se comparam com a glória que está por vir. Antes Cordeiro, agora
Leão. Ele é Fiel! E está conosco todos os dias de nossas vidas. Amém!
“Eis que vem com as nuvens, e TODO o olho verá, até quantos os transpassaram. E todos as nações se lamentarão sobre Ele. Certamente. Aleluia! Dizendo: Eu sou o Alfa e o Omega, aquele que Era, que É, e o que Há de vir, o Todo PODEROSO! (Ap.1:7-8)