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sábado, 7 de abril de 2012

De Cordeiro à Leão


“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” (Isaías 53.3)


Após ter lavado suas mãos, Pilatos, mandou seus soldados o açoitarem e o crucificarem. Talvez esse não fosse seu desejo, mas tudo estava no controle de Jesus. Desde a traição de Judas até Sua ressurreição, tudo estava no extraordinário plano da Salvação.

Açoitado por chicotes consistidos de várias tiras de couro presas a um cabo de madeira, onde cada uma delas tinha uma peça de metal ou osso presa na ponta, e, preso a um poste de madeira pelos punhos, de modo que a carne das costas ficasse esticada, Jesus recebeu 49 chicotadas em seu corpo. Seu precioso sangue foi derramado pela primeira vez sobre o chão do pátio, sua voz doce foi substituída por seus gritos de dor e suas mãos que curavam estavam trêmulas.


Aquele Jesus que agonizava não possuía o tipo que os judeus esperavam. Ele não era bonito, nem grande, a Sua aparência não era desejável. Não era rico como Abraão, nem era um grande guerreiro como Davi. Estava ali com um manto escarlate emprestado por um soldado, uma coroa de espinhos e um cetro de madeira fina, usado logo depois para seu próprio martírio.


Após ser escarnecido, cuspido e espancado por seus agressores, Jesus foi levado até o Gólgota, onde se negou a beber vinho com fel, um poderoso analgésico amargo que aliviaria sua dor. Ele precisava estar desperto e plenamente consciente para ministrar ao ladrão à beira da morte.


Porém Simão, o cireneu, foi o escolhido para ajudar Jesus a carregar sua cruz. Provavelmente o Mestre estava tão fraco por causa do açoitamento que não conseguiria carregar aquela cruz. Este é um outro retrato tocante da sua humanidade, afligido por todas as fraquezas, exceto o pecado. (Hb.4:15)


“Desde a hora sexta até a hora nona houve trevas sobre TODA a terra. Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz:”Eli, Eli, lamá sabactani” O que quer dizer Deus meu, Deus meu, porque me desamparastes” (Mt.27:46). Esse brado é o cumprimento do Sl. 22.1, um dos mais tocantes paralelos entre esse salmo e os acontecimentos da crucificação. Nesse momento, Cristo estava experimentando o cálice da ira divina como aquele que levava sobre si todos os pecados do mundo.

“E Jesus clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.” Um ato voluntário. A morte não exercia domínio algum sobre Ele.


De fato, a visão angustiante do Jesus afligido e oprimido, moído e enfermo, era assustadora. Ele pagou um alto preço para que fossemos livres, não existe maior amor que esse, do amigo que dá sua própria vida em nosso favor. Ao terceiro dia, Jesus RESSUSCITOU. Da morte à Vida, da dor à Glória. E apareceu várias vezes aos seus discípulos. Inclusive, escolheu primeiro aparecer às mulheres. Mas deixou uma última promessa, a de que estaria conosco, não nos abandonaria, até a consumação dos séculos. E nesse Dia, seu corpo aparecerá glorificado e exaltado. Antes de morrer, um dos seus discípulos, João, o viu novamente: "E no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes parecidas com as do Sumo-sacerdote e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça, e cabelos eram brancos, reluzentes, como a neve; seus olhos como chama de fogo; os pés semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como de muitas águas, voz de autoridade. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes, que significa castigo. O seu rosto brilhava como o sol na sua força!"


Amados, Jesus é a prova que as feridas que nos marcam nessa vida, não se comparam com a glória que está por vir. Antes Cordeiro, agora Leão. Ele é Fiel! E está conosco todos os dias de nossas vidas. Amém!


“Eis que vem com as nuvens, e TODO o olho verá, até quantos os transpassaram. E todos as nações se lamentarão sobre Ele. Certamente. Aleluia! Dizendo: Eu sou o Alfa e o Omega, aquele que Era, que É, e o que Há de vir, o Todo PODEROSO! (Ap.1:7-8)